“Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal” Recebem Reconhecimento da UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

Publicado em 5 de dezembro de 2024

Reconhecimento pela UNESCO destaca a riqueza cultural e econômica do queijo Minas, enraizado há séculos na tradição mineira e agora parte de uma seleta lista de patrimônios gastronômicos brasileiros.

queijo minas

Os “Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal” foram oficialmente declarados Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade nesta quarta-feira (4), em cerimônia internacional promovida pela UNESCO. Este marco histórico é o primeiro reconhecimento de um item gastronômico brasileiro pela organização, um feito que ressalta a importância cultural e econômica da produção artesanal do queijo em Minas Gerais e em todo o Brasil.

Um patrimônio com séculos de história

O processo artesanal de produção do queijo Minas já havia recebido títulos de destaque anteriormente. Em 2002, tornou-se patrimônio de Minas Gerais, e em 2008 foi reconhecido nacionalmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O recente reconhecimento internacional resulta de esforços da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, que em março de 2023 apresentaram a candidatura à UNESCO.

Impactos econômicos e sociais

O queijo Minas artesanal é mais que uma tradição: é uma força econômica. Segundo dados de 2021, 92,6% das agroindústrias de leite e derivados em Minas Gerais pertencem à agricultura familiar. O estado conta com cerca de 2,3 mil agroindústrias de Queijo Minas Frescal, 927 de Queijo Muçarela e 400 de Queijo Minas Padrão. Essa representatividade reafirma o impacto do queijo na sustentação de milhares de famílias e no fortalecimento da economia regional.

O presidente da Federação de Agronegócio de Minas Gerais, Antônio de Salvo, destacou a importância desse reconhecimento para o futuro: “O queijo é uma das coisas importantes de Minas, era o jeito de conservar leite no passado. Esse modo artesanal precisa ser resguardado.”

Valorização internacional e legado cultural

Para Leônidas Grass, porta-voz da Amiqueijo, o reconhecimento pela UNESCO representa uma oportunidade para consolidar ainda mais o valor do queijo Minas no cenário internacional. “A proposta de reconhecimento tem como objetivo dar visibilidade internacional a esse patrimônio cultural nacional, que é uma tradição há mais de três séculos não apenas em Minas Gerais, mas em todo o Brasil”, afirmou.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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