Propostas polêmicas reacendem discussões sobre o futuro do Brasileirão e o impacto nos clubes
O Conselho Técnico da CBF serviu de palco para o início de debates que prometem agitar o futebol brasileiro nos próximos meses. Em pauta, duas propostas que podem transformar o cenário do esporte no país: a mudança na regra do rebaixamento, de 4 rebaixados para 3, e a redução do número de estrangeiros permitidos por partida. As discussões, que serão aprofundadas pelo Conselho Nacional de Clubes, têm como horizonte o ano de 2027 para possíveis implementações.
A discussão sobre o número de rebaixados no Brasileirão não é nova. O sistema de pontos corridos, implementado a partir de 2003, passou por ajustes até consolidar, em 2006, o modelo com 20 clubes, quatro rebaixamentos e quatro acessos. Desde então, manifestações pela revisão do número de clubes que descem para a Série B ganharam força, com o argumento de que rebaixar 20% dos participantes (4 de 20) é uma medida desproporcional.
Outro ponto de debate é a proposta de reduzir o número de estrangeiros permitidos por partida. Nos últimos anos, esse número aumentou de cinco para nove, e a ideia agora é diminuir para seis. A justificativa para a mudança é valorizar o aproveitamento de jovens formados nos clubes brasileiros, como defendeu o técnico da seleção brasileira masculina, Dorival Júnior. A proposta em discussão prevê a redução de nove para seis estrangeiros, com a possibilidade de uma transição gradual para facilitar o planejamento dos clubes. É importante ressaltar que a proibição se aplica aos relacionados para os jogos, e não há restrição para o número de estrangeiros em cada elenco. Atualmente, a Série A conta com mais de 130 atletas estrangeiros.
O Conselho Nacional de Clubes terá a missão de aprofundar os debates sobre as propostas nos próximos meses. A decisão final sobre as mudanças deve ser tomada ao longo de 2025, com o objetivo de implementá-las a partir de 2027.
