Ministério Público Eleitoral pede cassação de Túlio do Salitre (PP) por irregularidade na cota de gênero; Decisão da Justiça Eleitoral é aguardada com expectativa na cidade.

Patrocínio (MG) vive a expectativa de uma reviravolta política. O Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou pela cassação do mandato do vereador eleito Túlio Expedito de Castro, conhecido como Túlio do Salitre (PP), nas eleições municipais de 2024. A notícia, que começou a repercutir na manhã de hoje, agita os bastidores da Câmara Municipal.
Segundo o MPE, o vereador é acusado de fraude à cota de gênero, mecanismo legal que exige que pelo menos 30% das candidaturas proporcionais sejam ocupadas por mulheres. A suposta irregularidade envolve a candidatura de Fabiana Maria de Castro pelo Progressistas, apontada como “laranja” – ou seja, sem a intenção real de concorrer, apenas para cumprir a exigência legal.
Diante das evidências apresentadas, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do registro ou diploma de Túlio do Salitre, o que pode resultar na perda de seu cargo de vereador. Além disso, o MPE solicitou a declaração de inelegibilidade de Fabiana Maria de Castro por 8 anos e a anulação dos votos recebidos pelo Partido Progressistas, com o recálculo do quociente eleitoral. Essa medida pode alterar significativamente a composição da Câmara Municipal de Patrocínio.
Apesar da gravidade das acusações, o Ministério Público opinou que o partido Progressistas não deve ser responsabilizado diretamente. No entanto, entende que a anulação dos votos é necessária devido à irregularidade na chapa.
Com a decisão final nas mãos da juíza eleitoral, a cidade aguarda nos próximos dias o desfecho desse caso que pode redesenhar o cenário político local. Caso a cassação se confirme, Helen Soares deve assumir a cadeira na Câmara Municipal.