Skaf culpa “gestos” de Lula por “tarifaço” de Trump e prevê forte impacto em pequenas empresas

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, presidente da Fiesp defende esforço diplomático para reverter alíquota de 50% e mostra ceticismo com plano de socorro do governo brasileiro.

Trump

O presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, fez críticas contundentes ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, atribuindo-lhe a responsabilidade por decisões que culminaram na imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos. A nova alíquota, anunciada pelo presidente Donald Trump, entra em vigor nesta quarta-feira (6), e Skaf se mostra cético em relação à capacidade do governo brasileiro de oferecer um plano de socorro eficaz para as empresas afetadas.

Em entrevista concedida ao jornal Estado de S.Paulo, Skaf apontou como “gestos” inoportunos do governo brasileiro a reunião dos Brics, no final de junho, e a defesa da “desdolarização” feita por Lula. “Todos esses gestos, todas essas ações, elas provocam o nosso principal cliente de manufaturas, que são os Estados Unidos”, afirmou o presidente da Fiesp. Ele ressaltou a necessidade de o governo ter “cautela” para acalmar a situação e defendeu um esforço diplomático para reverter a decisão americana.

Skaf, que já presidiu a entidade por três mandatos, de 2004 a 2021, e retorna para um novo mandato em 2026, destacou que o foco agora deve ser a diplomacia. O presidente eleito se mostrou descrente com o plano de socorro prometido pelo governo brasileiro, afirmando que “o melhor socorro é o governo brasileiro ter uma atitude, ter gestos que realmente possam fazer com que os Estados Unidos recuem dessa decisão”.

Segundo Skaf, os setores afetados pela sobretaxa, que ficaram de fora da longa lista de exceções, são, em sua maioria, compostos por pequenas e médias empresas e podem enfrentar um forte impacto. Ele estima que as exportações para os EUA podem cair de US$ 40 bilhões para US$ 30 bilhões anuais se não houver um acordo, o que representaria a perda de cerca de 100 mil empregos e uma redução de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Embora sua posse esteja marcada apenas para janeiro de 2026, Skaf se colocou à disposição para auxiliar nas negociações com Washington.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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