Medida visa conter avanço de doenças respiratórias, reforçando a urgência de atenção à saúde após recente surto de dengue.

A Prefeitura de Patrocínio declarou, por meio do Decreto nº 4.601, de 27 de maio de 2025, situação de emergência em saúde pública no município. A medida, com validade inicial de 180 dias, é uma resposta ao “aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, impulsionados por vírus como Influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A decisão reflete a preocupação do município em garantir a continuidade dos serviços essenciais de saúde e proteger a população diante do cenário epidemiológico atual.
O decreto confere à Secretaria Municipal de Saúde uma série de prerrogativas para o enfrentamento da emergência. Entre as ações previstas estão a intensificação da vigilância epidemiológica, o que significa um acompanhamento mais rigoroso dos casos de doenças respiratórias na cidade. Além disso, a prefeitura poderá ampliar o atendimento médico com a contratação temporária de pessoal da área da saúde e o remanejamento de servidores existentes para reforçar as equipes.
Para agilizar o combate à proliferação dos vírus, o decreto autoriza a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços essenciais, como medicamentos, equipamentos e insumos. Campanhas educativas e de vacinação também deverão ser promovidas para conscientizar a população e incentivar a imunização. Em situações de extrema necessidade, o município poderá requisitar bens e serviços de particulares, mediante indenização, e receber doações e parcerias com a iniciativa privada para fortalecer as ações de combate à SRAG. Todos os processos administrativos relacionados ao decreto terão tramitação prioritária.
A declaração de emergência na saúde em Patrocínio ganha um tom ainda mais sério quando contextualizada com os desafios recentes enfrentados pelo município. A saúde em Patrocínio tem sido uma pauta de prioridade e preocupação, especialmente por ser o segundo surto seguido de uma doença específica que tem levado os hospitais ao limite. No início do ano, a cidade enfrentou uma grave epidemia de dengue, que também resultou em superlotação hospitalar. Agora, as SRAGs mantêm os hospitais sob pressão, evidenciando uma crise contínua no setor de saúde. Projetos foram aprovados para minimizar essa crise, e a população aguarda o impacto dessas iniciativas.