Promessas de campanha ganham contornos de realidade em coletiva na Prefeitura, buscando amenizar o alto custo de vida na cidade e reformular a mobilidade urbana.

Em um movimento estratégico que promete aliviar significativamente o bolso dos patrocinenses, o Prefeito Gustavo Brasileiro, acompanhado pelo vice Maurício Cunha, anunciou na tarde desta segunda-feira, 16 de junho de 2025, na sede da Prefeitura Municipal, um pacote de medidas financeiras e de gestão pública que visa reduzir a tarifa do transporte coletivo e isentar a população da polêmica taxa de lixo. As ações, segundo o chefe do executivo, são frutos de uma “reengenharia financeira” e da “eficiência da gestão”.
A principal novidade para a mobilidade urbana é a redução da tarifa do transporte coletivo em 50%, passando dos atuais R$ 4,90 (valor considerado alto pela população) para R$ 2,45 a partir de 2026. Para os estudantes, a notícia é ainda mais expressiva: a tarifa será zerada. Brasileiro explicou que a concessão atual com a Viação Cidade Paraíso de Patrocínio se encerra em maio de 2027, completando 20 anos. A empresa tem sido alvo de notificações por falhas na condição da frota, atrasos e na qualidade geral do serviço.
Visando um novo modelo de mobilidade, o Prefeito anunciou que em 2026 será lançado um novo edital de concessão, que contemplará a implementação de um terminal central, ônibus com frota mais nova e oferta de Wi-Fi, alinhando-se aos programas municipais “Mobilidade Urbana” e “Buzão Livre”. O objetivo é que, a partir de 2027, a tarifa seja fixada em R$ 2,00, por meio de subsídios e políticas públicas sem onerar os munícipes, embora os detalhes de como esses subsídios e modos operacionais funcionarão não tenham sido pormenorizados. Brasileiro citou Patos de Minas, cuja tarifa é de R$ 3,00, como exemplo de que a meta é factível.
Outro ponto de grande impacto é a garantia da isenção da taxa de coleta de lixo para os patrocinenses. O prefeito afirmou que, mesmo diante da Lei Federal de Saneamento Básico de 2020, que tornou obrigatória a cobrança para organização dos municípios na coleta e destinação dos resíduos (com uma média prevista de R$ 21,00), os moradores de Patrocínio não terão essa despesa. Ele assegurou que “compensações financeiras” e um rigoroso “fechamento das torneiras da gestão” cobrirão esses custos, e que não será criada nenhuma nova taxa para a população. O governo municipal estuda uma compensação a ser encaminhada ao Ministério Público.
Ainda no tocante ao saneamento, Gustavo Brasileiro mencionou a aprovação na Câmara da lei de adesão ao CISPAR (Consórcio Intermunicipal de Saneamento do Paranaíba), que abrange 19 municípios. De forma emergencial, o lixão atual será desativado, e um novo modelo de saneamento básico será avaliado. A frota de caminhões de coleta, que hoje conta com 11 veículos, passará para 15, todos equipados com GPS para controle de rotas e monitoramento do atendimento aos bairros. O prefeito frisou que o município não esperará apenas pelo CISPAR, explorando alternativas como aterros privados, citando exemplos de Fortaleza e Cuiabá.
Apesar da confiança demonstrada, o Prefeito ressaltou que os benefícios anunciados ainda dependem de estudos complementares, cujos detalhes não foram especificados. Gustavo Brasileiro também aproveitou a oportunidade para destacar o início da construção da nova barragem do DAEPA em julho, que visa solucionar o problema de abastecimento de água, e os programas habitacionais que já proporcionaram mais de 1.300 moradias à população.
As medidas vêm em um momento de alta insatisfação popular com o custo de vida e os serviços públicos, especialmente o transporte e a taxa de lixo, que já foram “extremamente rechaçadas pela população Patrocinense”. A expectativa agora é pela concretização das promessas e pela melhora efetiva na qualidade de vida dos cidadãos.