Decisão baseada na queda sustentada de casos e mortes, principalmente em países africanos, onde a doença é endêmica. O alerta é para que a vigilância não seja interrompida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, na sexta-feira (5), que a mpox não é mais considerada uma emergência de saúde pública internacional. O anúncio foi feito pelo chefe da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que aceitou a recomendação de um comitê de emergência. A mpox é uma doença causada por um vírus da mesma família da varíola, caracterizada por lesões cutâneas, como pústulas, além de febre e dores musculares.
A decisão se baseia na diminuição contínua do número de casos e mortes , especialmente na República Democrática do Congo, Burundi, Serra Leoa e Uganda. O chefe da OMS, no entanto, alertou que o fim da emergência “não significa que a ameaça tenha terminado” ou que a resposta global deva ser interrompida.
Entenda a Doença
A mpox foi identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo em 1970. Por muito tempo, a doença permaneceu confinada a cerca de dez países africanos. Em 2022, o vírus começou a se espalhar globalmente, atingindo países desenvolvidos onde nunca havia circulado.
A doença é transmitida por um vírus através do contato próximo com pessoas ou animais. A exposição pode ocorrer entre humanos, por contato com fluidos corporais ou lesões na pele. Em animais, a transmissão acontece por mordidas, arranhões ou consumo de carne de roedores e primatas.
O período de incubação da mpox é de 5 a 21 dias, e os primeiros sintomas aparecem de 1 a 5 dias após a infecção. O vírus se espalha pelo sistema linfático e pela corrente sanguínea, afetando gânglios, baço, amígdalas e outros órgãos linfáticos. O vírus então circula pelo corpo, podendo afetar órgãos internos como fígado, intestinos, rins, ovários, testículos e cérebro. Também pode causar lesões na pele e nos olhos.