MP da Conta de Luz: Medida Populista Ameaça Bolso do Patrocinense, Alertam Especialistas

Ampliação da Tarifa Social e Transferência de Custos Preocupam, com Possível Impacto na Classe Média e Setor Produtivo de Patrocínio.

Conta de Luz

O governo do Presidente Lula criou uma nova regra para a conta de luz, prometendo ajudar mais gente a pagar menos. A ideia é que cerca de 60 milhões de pessoas recebam desconto na conta de energia. A Medida Provisória (MP) foi assinada na quarta-feira (21).

Mas nem todo mundo viu isso com bons olhos. Especialistas da área de energia alertam que essa ajuda extra tem um custo de R$ 3,6 bilhões por ano na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). E quem vai pagar essa conta? Principalmente quem já paga a tarifa normal, como famílias da classe média, indústrias e pequenos comércios.

Rafael Herzberg, consultor independente para assuntos de energia, ouvido pelo Diário do Comércio, disse que “se mais gente deixa de pagar pela energia, alguém tem que arcar com os custos disso”. Para ele, isso pode fazer com que os produtos fiquem mais caros se o custo for parar nas indústrias. Herzberg vê a medida como “populista”, ou seja, feita para agradar o povo, pensando nas eleições de 2026.

A nova regra começou a valer na hora, mas ainda precisa ser aprovada pelo Congresso (Câmara e Senado) em até 120 dias. Se não for aprovada, perde a validade. Walter Fróes, CEO da CMU Energia, também ouvido pelo Diário do Comércio, acha que essa ideia deveria ser mais discutida antes de virar lei, levando em conta os impactos.

Outra mudança é que, agora, grandes empresas e indústrias que compram energia direto do mercado (o “mercado livre”) também terão que pagar uma parte da conta de usinas como Angra 1 e 2, além de incentivos para a energia solar. Antes, só o consumidor comum pagava isso.

Mesmo com as críticas, Aloísio Vasconcelos, um engenheiro que já dirigiu grandes empresas de energia como Cemig e Eletrobras, diz que a medida tem pontos positivos. Para ele, é positivo que mais pessoas recebam o desconto social na conta de luz e que as pessoas possam escolher de quem comprar energia no futuro.

O governo planeja abrir o mercado de energia aos poucos: indústrias e comércios a partir de agosto de 2026, outros consumidores a partir de dezembro de 2027, e o mercado totalmente livre em março de 2028.

No entanto, Vasconcelos tem uma preocupação: a MP pode tirar os subsídios (ajudas) para a energia solar, o que pode desanimar quem quer investir nessa área. Ele recomenda cautela.

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) acredita que a medida é um passo certo para arrumar o setor de energia, visando reduzir distorções e subsídios e deixando a conta mais justa. Em nota, a Abradee expressou a expectativa de que o Congresso Nacional discuta o texto sem alterações que possam resultar em ampliação de subsídios e, consequentemente, em aumento da tarifa de energia elétrica para os consumidores.

Em Patrocínio, assim como em todo o Brasil, os moradores ficam de olho nos próximos passos dessa nova regra, que pode mudar o valor que pagamos na conta de energia.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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