Missão liderada por Romeu Zema em Osaka reforça potencial mineiro para atrair capital e consolidar parcerias em setores estratégicos.
O Governo de Minas Gerais, em uma proeminente missão pela Ásia, marcou presença no Brazil Japan Business Forum, realizado nesta quarta-feira, 25 de junho, em Osaka, Japão. Liderada pelo governador Romeu Zema, a comitiva mineira participou do evento organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) com o objetivo central de fortalecer as conexões com investidores e empresários japoneses e ampliar a inserção da indústria mineira no mercado asiático.
Durante o fórum, o governador Romeu Zema enfatizou os esforços de sua gestão para simplificar o ambiente de negócios em Minas Gerais, destacando a desburocratização nas áreas ambiental e tributária como facilitadores para quem deseja investir e gerar empregos no estado. “Temos simplificado muito a vida de quem investe, de quem gera emprego em Minas Gerais, em todos os sentidos”, pontuou Zema, ressaltando os resultados positivos dessa política.
Flavio Roscoe, presidente da Fiemg, sublinhou a importância do evento como um novo capítulo na estratégia de internacionalização da indústria mineira, visando consolidar as relações comerciais com o Japão. Ele destacou o objetivo de “mostrar a força da nossa indústria e o potencial do estado como destino confiável para investimentos, promovendo conexões que gerem negócios, inovação e desenvolvimento para ambos os lados”.
A delegação contou ainda com a participação do deputado estadual Arnaldo Silva, que representou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e reiterou a eficiência conquistada pelo estado na desburocratização e na criação de oportunidades. O deputado federal Pedro Aihara também reforçou o ambiente mineiro propício à realização de sonhos, citando a história de sua própria família, que teve início no Japão.
Um dos pontos altos da programação foi o painel “Minas Gerais: Estado para investir”, que contou com apresentações das secretárias de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, além do diretor de Mercado e Ativos da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Helger Marra Lopes. Mila Corrêa da Costa enfatizou a diversidade econômica de Minas, desde produtos do agronegócio, como o café, até minerais e produtos de alto valor agregado, como minério de ferro.
Outro painel relevante abordou a transformação industrial na mineração e siderurgia com foco em sustentabilidade, inovação e tecnologia, moderado pelo CEO da Invest Minas, João Paulo Braga. O debate contou com a participação de lideranças da Fiemg, Usiminas, Sigma Lithium, Gerdau e Vale, destacando o papel de Minas Gerais como player global em “minerais do futuro”, especialmente no Vale do Lítio, que abrange 17 municípios e abriga a maior reserva do mineral no país.
O potencial energético de Minas Gerais, com a Cemig operando com 100% de energia limpa e metas ambiciosas de neutralidade de carbono até 2040, e a produção de etanol, um combustível renovável, também foram pontos de destaque.
A relação comercial entre Minas Gerais e Japão é vista como bem-sucedida e promissora. Em 2024, Minas Gerais foi o principal estado exportador brasileiro para o Japão, respondendo por quase 20% das vendas totais do Brasil ao país, totalizando US$ 1,1 bilhão. O Japão figurou como o sexto principal destino das exportações mineiras. Em contrapartida, Minas importou US$ 372,5 milhões do Japão no ano passado, sendo o terceiro principal estado importador brasileiro do país asiático. O fluxo comercial total entre Minas e Japão alcançou US$ 1,5 bilhão, com um superávit mineiro de US$ 740,1 milhões.
A sinergia entre Minas e Japão é fortalecida por acordos institucionais, como a parceria com a Organização Japonesa para Segurança de Metais e Energia (Jogmec), que visa facilitar a cooperação e a importação de matérias-primas críticas. Minas Gerais, reconhecido como um dos maiores polos tecnológicos do Brasil, também se destaca na inovação em áreas como Indústria 4.0 e inteligência artificial, oferecendo um ecossistema robusto para a instalação de empresas japonesas.
