Nova fórmula de cálculo estabelece salário mínimo de R$ 1.518 para 2025, com impacto significativo na economia.
Nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve oficializar, por decreto, o reajuste do salário mínimo para o ano de 2025. O valor atual de R$ 1.412 será elevado para R$ 1.518, seguindo a nova fórmula de cálculo aprovada pelo Legislativo, que leva em conta a inflação e o crescimento do PIB.
De acordo com o decreto, a correção do salário mínimo passa a considerar:
- Inflação acumulada em 12 meses até novembro (INPC): 4,84%;
- Crescimento do PIB de dois anos antes: limitado a 2,5% (mesmo que o PIB de 2023 tenha avançado 3,2%).
Com essa fórmula, o valor inicial calculado seria de R$ 1.517, mas o governo optou por um arredondamento para cima, fixando o mínimo em R$ 1.518.
No formato anterior, que também levava em conta a inflação e o crescimento do PIB, mas sem o teto de 2,5%, o salário mínimo poderia alcançar R$ 1.528, uma diferença de R$ 10 em relação ao novo modelo. O limite no cálculo do PIB tem gerado debates entre economistas e representantes de trabalhadores.
Especialistas apontam que, embora a nova metodologia priorize sustentabilidade fiscal, ela pode resultar em aumentos menores do poder de compra para os trabalhadores. Por outro lado, o governo argumenta que o teto busca manter o equilíbrio orçamentário, dado o impacto que o salário mínimo tem sobre gastos previdenciários e assistenciais.
O reajuste do salário mínimo afeta diretamente milhões de brasileiros, especialmente aposentados, pensionistas e trabalhadores informais. Além disso, exerce influência sobre benefícios sociais como o Bolsa Família, cujos valores são calculados a partir do piso nacional.
Com o novo valor fixado, espera-se que haja uma injeção adicional na economia, sobretudo em setores voltados ao consumo popular, como alimentação e varejo. O impacto real será observado ao longo de 2025.