Chuva torrencial no Barradão sela 0 a 0 com o Vitória, em jogo marcado por fratura que abalou jogadores e torcida cruzeirense de Patrocínio.

Em uma noite de quinta-feira (12) no Barradão, que parecia mais um campo de polo aquático do que de futebol, o Cruzeiro empatou em 0 a 0 com o Vitória pela 12ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. A partida, disputada debaixo de chuva torrencial, teve o espetáculo prejudicado pelas condições precárias do gramado, que estava completamente alagado em diversas partes, dificultando a movimentação dos jogadores e da bola.
O cenário adverso culminou em um momento de apreensão e tristeza: a grave lesão do lateral-esquerdo Jamerson, do Vitória. Aos 46 minutos do primeiro tempo, em uma jogada em profundidade pela esquerda no campo encharcado, o meio-campista cruzeirense Eduardo deu um carrinho e acertou o defensor do Vitória, que sofreu uma fratura e rompimento dos ligamentos do tornozelo direito. A gravidade da lesão foi visível de imediato.
Inicialmente, o árbitro Luiz Cláudio Regazone aplicou cartão amarelo a Eduardo, mas ao constatar a seriedade do ocorrido, voltou atrás e assinalou a expulsão com cartão vermelho. O jogador do Cruzeiro, visivelmente abalado, permaneceu ajoelhado ao lado de Jamerson durante todo o atendimento médico, e seguiu para o vestiário aos prantos, sem reclamar da decisão da arbitragem. O lateral do Vitória foi prontamente encaminhado ao Hospital São Rafael para cirurgia de emergência.
A condição do gramado foi um fator determinante para o desenrolar da partida e, segundo análises, facilitou o lance que resultou na séria lesão de Jamerson. A dificuldade de controle da bola e a necessidade de lances mais bruscos em um campo escorregadio elevaram o risco para os atletas.
A notícia da lesão de Jamerson e a expulsão de Eduardo repercutiu com lamento e um consenso: a expulsão foi considerada justíssima pela torcida, dada a gravidade do dano causado ao jogador adversário. Apesar do resultado que impediu o Cruzeiro de assumir a liderança da Série A, o sentimento de solidariedade com o atleta lesionado prevaleceu entre os patrocinenses.