Governo de Minas Suspende Decisão Sobre Escolas Cívico-Militares

Recuo Estratégico de Zema Pausa Processo de Implantação em Meio a Debates Acalorados

Governo de Minas

O Governo de Minas Gerais anunciou, nesta segunda-feira (14 de julho), a suspensão temporária das assembleias escolares que avaliam a adesão de unidades estaduais ao modelo cívico-militar. A decisão surge em um cenário de intensas discussões, especialmente com o Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), sobre a controversa implantação do modelo. O governo justifica a pausa pela necessidade de aguardar o término do período de férias escolares para retomar as consultas.

Inicialmente, as escolas tinham até o dia 18 de julho para enviar os resultados das consultas internas à Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG). A nova data para a retomada do processo ainda não foi definida, mas a expectativa é que ocorra após o recesso, a partir de 1º de agosto. Importante ressaltar que os resultados das assembleias já realizadas não serão anulados.

Em Patrocínio, três instituições de ensino já haviam concluído suas assembleias com aprovação da comunidade escolar para a adesão ao programa: a Escola Estadual Dom Lustosa, a Escola Estadual Irmã Gislene e a Escola Estadual José Eduardo Aquino. Uma assembleia que estava marcada para esta quarta-feira (16 de julho) na E.E. Professora Ormy Araújo Amaral foi, consequentemente, adiada.

O governador Romeu Zema declarou que a suspensão tem como objetivo garantir uma “ampla escuta da comunidade escolar”, reforçando que o projeto será debatido exaustivamente com pais, estudantes e professores. Mais de 700 instituições de ensino em todo o estado participam do processo de consulta.

Apesar do levantamento de interesse, o governo enfatiza que a adesão das escolas não será automática. Após a fase de consultas, será realizada uma análise criteriosa da disponibilidade de militares da reserva e das condições orçamentárias necessárias para a efetiva implantação do modelo.

O modelo cívico-militar, que foi uma criação do governo Bolsonaro e extinto em nível nacional em 2023, foi retomado por Minas Gerais de forma estadual. A proposta prevê uma gestão compartilhada entre a SEE-MG, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. No entanto, a iniciativa tem sido alvo de fortes críticas por parte da oposição, que aponta uma possível inconstitucionalidade do projeto.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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