Rony busca rescisão de contrato por atrasos de salário; Scarpa, Igor Gomes e Arana também notificam clube, que vive dia caótico com dívidas e cobranças.

O Atlético-MG vive um momento de grande instabilidade nos bastidores, com o agravamento de uma crise financeira que levou jogadores importantes a acionarem o clube na Justiça. A situação veio à tona com força nesta terça-feira, revelando um cenário de atrasos e insatisfação entre parte do elenco.
O atacante Rony, contratado em fevereiro por cerca de R$ 40 milhões, foi o primeiro a formalizar um pedido de rescisão de contrato com o Atlético-MG na Justiça do Trabalho. O jogador alega atrasos significativos no pagamento do FGTS, luvas e, principalmente, em seus direitos de imagem, totalizando a quantia milionária que o atleta alega não ter recebido. A notícia, divulgada pelo jornalista Guilherme Frossard, chocou a torcida alvinegra.
Ainda no mesmo dia, a crise se aprofundou com a informação de que outros nomes de peso do elenco, como Gustavo Scarpa, Igor Gomes e Guilherme Arana, também notificaram o Galo. Embora os valores específicos das cobranças desses atletas não tenham sido divulgados, a ação conjunta evidencia a gravidade da situação interna no clube.
Em meio ao dia caótico, o empresário Rubens Menin, figura proeminente na administração do Atlético-MG, utilizou sua conta no Twitter para se pronunciar. Menin admitiu a existência de “informações desencontradas, reações acaloradas e muita especulação”, mas garantiu que “o Atlético honra suas responsabilidades” e que “tem um projeto de longo prazo sendo construído”. Ele reforçou o compromisso do clube em “honrar responsabilidades” e “cumprir compromissos”, pedindo união e respeito para que o clube continue crescendo. Apesar do discurso tranquilizador, a confissão implícita é que o elenco do Atlético está com três meses de salário e FGTS atrasados.
A turbulência nos bastidores do Atlético-MG ganha ainda mais contornos com a repercussão de falas como a do filho do atacante Hulk, que teria criticado a SAF do time mineiro em suas redes sociais, conforme apontado pelo jornalista Jorge Iggor. Esse tipo de manifestação, mesmo que indireta, reflete a insatisfação que permeia o ambiente do clube.
A situação do Atlético-MG levanta questionamentos sobre a gestão financeira dos clubes brasileiros e a sustentabilidade de seus projetos a longo prazo. Enquanto a diretoria busca contornar a crise, a torcida do Galo acompanha apreensiva os desdobramentos, esperando que a verdade e o bom senso, citados por Rubens Menin, prevaleçam em prol do futuro do clube.