Decisão judicial afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF por suspeita de falsificação de assinatura; federações articulam “renovação” no futebol brasileiro.

Em uma reviravolta que agita o mundo do futebol brasileiro, Ednaldo Rodrigues foi novamente afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na última quinta-feira, 15 de maio. A decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinou a destituição do dirigente e nomeou o vice-presidente Fernando Sarney como interventor.
A medida judicial é resultado de uma investigação que apura a suposta falsificação da assinatura do ex-presidente interino Antônio Carlos Nunes de Lima em um acordo que permitiu a Ednaldo Rodrigues assumir o cargo. O agora presidente afastado nega as acusações.
A crise na CBF, no entanto, é um desdobramento de um processo conturbado que se arrasta desde 2018, envolvendo questionamentos sobre o formato de eleição da entidade e disputas judiciais. Em julho de 2021, a Justiça já havia determinado o afastamento de toda a diretoria eleita em 2017, incluindo o então presidente Rogério Caboclo, por irregularidades no processo eleitoral.
Após a nova destituição de Ednaldo Rodrigues, 19 presidentes de federações estaduais assinaram um manifesto defendendo a “renovação do futebol brasileiro”. O documento, que não menciona o nome de Ednaldo Rodrigues, sinaliza um movimento de articulação para a próxima eleição da CBF.
A instabilidade na presidência da CBF levanta questionamentos sobre o futuro do futebol brasileiro, tanto no cenário nacional quanto internacional.