Plano de reestruturação da estatal envolve corte de custos e venda de patrimônio de R$ 1,5 bilhão.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) enfrenta uma de suas maiores crises financeiras, marcada por prejuízos consecutivos e uma busca emergencial por um empréstimo de R$ 20 bilhões no mercado. O cenário nacional de incerteza da estatal acende um alerta sobre as implicações logísticas e patrimoniais em cidades como Patrocínio, no Alto Paranaíba.
O plano de recuperação da estatal é agressivo, focando em três eixos: recuperação financeira, consolidação do modelo e crescimento estratégico. Dentre as ações mais drásticas, estão a eliminação de até mil pontos deficitários e a “Monetização de ativos e venda de imóveis” para levantar R$ 1,5 bilhão.
O Imóvel Próprio no Radar
Enquanto muitos municípios temem a paralisação ou o corte de serviços, a situação em Patrocínio tem um ponto de atenção específico: o imóvel onde a agência local dos Correios está instalada é próprio.
Apesar da probabilidade de Patrocínio passar quase intacta pela onda de cortes, a inclusão do patrimônio da estatal no plano de venda coloca o prédio da unidade, um ponto de referência e ativo de valor, sob o risco potencial de desinvestimento nacional.
O fato de ser um imóvel próprio aumenta o risco de ele entrar no radar de ativos de alto valor que a estatal precisa liquidar para garantir a liquidez e evitar um colapso em sua função como operadora nacional de logística. Para o patrocinense, a venda de um ativo local significaria o fim de um patrimônio da União na cidade e a incerteza sobre a localização futura da agência.