Jovem desaparecida em fevereiro é encontrada sem vida em área de mata. Um ex-namorado está preso e as investigações continuam.
Uma reportagem feita pelo portal G1 traz ao público o caso da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que desapareceu após sair de seu trabalho em um restaurante de um shopping na Grande São Paulo, onde pegou um ônibus para voltar para casa. Seu corpo foi encontrado em 5 de março em uma área de mata em Cajamar, com marcas de violência, cabelo raspado e sem roupas.
Câmeras de segurança registraram Vitória caminhando em direção a um ponto de ônibus, seguida por dois homens. Nas imagens, é possível ver que um dos homens subiu no mesmo ônibus que ela. Testemunhas relataram a presença de outro veículo no ponto de ônibus onde Vitória desceu. Áudios enviados por Vitória a uma amiga momentos antes de seu desaparecimento revelaram seu medo de ser assediada pelos homens que a seguiam.
“Passou os cara no carro e eles falou: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar. Vou mexendo no celular. Não vou nem ligar pra eles”.
“Ah, deu tudo certo. Eles entraram pra dentro da favela. Uh… saiu até lágrima dos meus zóio agora. Nossa, até me arrepiei”.
“A hora que eles passaram lá do outro lado e falaram, ‘aê, vida’… aí eles voltou, fio, pra quê… falei: pronto, esses menino vai voltar aqui. Mas aí eles entraram ali na favela”.
“Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada”.
Em outras mensagens, Vitória expressou seu temor por sua segurança devido a dois jovens que estavam com ela no ponto de ônibus.
“Tem uns dois meninos aqui do meu lado”. “Tô com medo”. “Um ficou e o outro pegou o mesmo ônibus”. “Ah, amiga, mas tá de boa. Eles tavam no ônibus, só que nenhum deles desceu no mesmo ponto que eu. Então tá de ‘boaça’. Não tem problema nenhum”.
Após essas mensagens, a jovem não se comunicou com mais ninguém.
A justiça decretou a prisão de um ex-namorado de Vitória por inconsistências em seu depoimento, mas ainda não há informações sobre seu envolvimento no crime. A Prefeitura de Cajamar decretou três dias de luto oficial em memória de Vitória e se solidarizou com seus entes queridos.
A investigação continua em busca de respostas e justiça para Vitória.
