Inflação volta a acelerar e especialistas preveem impacto direto nos aluguéis e no orçamento das famílias

Após um breve alívio em março, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) voltou a subir em abril, registrando um aumento de 0,24%. Esse movimento, impulsionado principalmente pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% da composição do IGP-M, tem gerado preocupação entre analistas sobre os rumos da inflação.
Segundo especialistas, a alta nos preços ao produtor, especialmente nos setores agropecuário e industrial, exerce pressão sobre toda a cadeia produtiva, com potencial de impactar o consumidor final. A aparente estabilidade dos preços ao consumidor (IPC), que desacelerou de 0,80% em março para 0,46% em abril, pode ser enganosa, já que o repasse dos custos de produção tende a ocorrer em breve.
O descompasso entre a alta dos preços no atacado e a desaceleração no varejo é um dos pontos de atenção, indicando que a pressão inflacionária ainda persiste.
Embora o foco principal da alta do IGP-M esteja nos custos de produção, o mercado imobiliário também sente os reflexos da inflação. Em Patrocínio, onde o custo de aluguel já é considerado “levemente alto”, a pressão inflacionária pode agravar a situação, tornando o acesso à moradia ainda mais desafiador para parte da população.
O cenário exige atenção por parte do Banco Central e dos agentes econômicos, que devem monitorar de perto a evolução dos preços e seus potenciais impactos na economia local e nacional.