Alerta Máximo Contra a Dengue: Butantan Cria um “CPF” para o Vírus e Otimiza o Combate à Doença

Mais de 20 Instituições de Peso, Incluindo Butantan, Yale e Oxford, Unem Forças para Mapear e Rastrear Mutações do Vírus da Dengue com Novo Sistema de Nomenclatura.

Dengue

O vírus da dengue ganhou uma nova ferramenta de identificação que promete deixar as autoridades de saúde de Patrocínio e do Brasil mais rápidas no combate à doença. O Instituto Butantan, em São Paulo, liderou um estudo global que criou um sistema de nomes e códigos mais detalhado para o vírus. Pense nisso como um “CPF” (Cadastro de Pessoas Físicas) para o vírus da dengue.

Essa nova maneira de nomear o vírus já está sendo usada desde setembro de 2024 por mais de 20 instituições importantes no mundo, como a Universidade Yale (EUA), Oxford (Reino Unido) e a Fiocruz (Brasil).

Por que um novo “CPF” para o vírus?

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e é um problema sério, com mais de 10 milhões de casos só no Brasil em 2024. O vírus está sempre mudando e se adaptando, o que os cientistas chamam de mutação.

A nova nomenclatura, publicada na revista científica PLOS Biology, torna muito mais fácil:

  1. Rastrear Mutações: Com um código mais específico, os cientistas conseguem rastrear cada mudança (mutação) no vírus com precisão.
  2. Agir Rápido: Se uma nova linhagem perigosa surgir em um lugar, o código específico dela permite que as autoridades sanitárias reajam de forma imediata. Por exemplo, se uma linhagem que só existia na Ásia aparecer no Brasil, isso sinaliza uma nova rota de contágio e aciona o alerta máximo.

Como funciona o novo sistema?

O vírus da dengue já tinha um nome (sorotipo) e sobrenomes (genótipos). Agora, ele ganhou dois “sobrenomes” adicionais para ser identificado em detalhes.

O nome completo do vírus é dividido em partes, como um endereço: DENV-3III_C.2.

  • DENV-3: Qual é o tipo principal do vírus (o sorotipo).
  • III: Qual é o genótipo (a variação genética mais ampla).
  • C.2: Quais são as linhagens maior e menor (os códigos que mostram a mudança exata e a circulação local do vírus).

Qual o impacto para a vacina?

A criação desse “CPF” também é uma boa notícia para quem desenvolve vacinas. O novo sistema ajuda a identificar as mutações que podem fazer o vírus “escapar” da proteção da vacina (o chamado “escape imunológico”).

Com esse monitoramento contínuo, os cientistas podem avaliar se a vacina que está sendo aplicada continua eficaz ou se precisa ser ajustada para combater as novas versões do vírus.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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