Em vídeo publicado após a decisão do Tribunal de Contas, Romeu Zema classifica medida como “banho de água fria na democracia” e reafirma intenção de expandir o modelo que quatro escolas de Patrocínio já avaliavam.

O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, subiu o tom contra a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) que barrou as consultas populares e o funcionamento das escolas cívico-militares. Em pronunciamento oficial, o chefe do Executivo mineiro classificou a medida como um “abuso de poder” e garantiu que o governo irá recorrer judicialmente para manter o projeto, que mobiliza comunidades em todo o estado, inclusive em Patrocínio.
“Banho de água fria na democracia”
Zema criticou severamente a interrupção das consultas, alegando que o tribunal está extrapolando suas atribuições ao impedir que pais, alunos e professores opinem sobre o modelo de ensino desejado. “A decisão é um banho de água fria na democracia. Ela tira dos pais o direito de opinar sobre onde seu filho vai estudar”, afirmou o governador. Ele reiterou que o modelo cívico-militar já provou eficácia e que o objetivo de sua gestão é ampliar o número de unidades em Minas.
A reação do governador ecoa diretamente no cenário local. Conforme antecipado pelo Patrocínio Fácil, portal pioneiro que há mais de 20 anos conecta a cidade, quatro escolas estaduais em Patrocínio já haviam iniciado o processo de consulta à comunidade. O interesse da população local era evidente, com famílias aguardando a implementação do modelo para reforçar os valores de disciplina e segurança nas unidades de ensino da região.
O governador encerrou seu posicionamento com uma promessa de batalha jurídica. Zema afirmou que o Estado não aceitará a suspensão passivamente e buscará reverter a decisão em todas as esferas possíveis.
“Meu governo vai recorrer até as últimas instâncias da Justiça para que as famílias mineiras continuem tendo oportunidades de opinar”, concluiu Zema.