Atleta de 33 anos estava acompanhado da esposa e da mãe em frente a um açougue quando foi alvo de emboscada; crime choca o mundo esportivo.

O mundo do futebol amanheceu em luto nesta quinta-feira com a confirmação do brutal assassinato de Mario Pineida, lateral-esquerdo que defendeu o Fluminense em 2022. O crime ocorreu em Guayaquil, no Equador, cidade que enfrenta uma escalada de violência sem precedentes vinculada ao narcotráfico.
O Atentado
Pineida, de 33 anos, estava em frente a um açougue no bairro de Samanes, zona norte de Guayaquil, acompanhado de sua esposa, Guisella Fernández, e de sua mãe. Segundo informações da polícia equatoriana e do site local Ecuavisa, dois criminosos em uma motocicleta se aproximaram e efetuaram diversos disparos contra o grupo.
O casal foi alvejado por 17 tiros e não resistiu aos ferimentos, falecendo no local. A mãe do atleta também foi atingida, mas foi socorrida e, segundo boletins médicos, não corre risco de morte. As autoridades confirmaram que o ataque foi direto e premeditado, descartando inicialmente a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).
Ameaças e Onda de Violência
A tragédia ganha contornos ainda mais graves com a revelação de que Pineida já havia solicitado proteção especial à diretoria do Barcelona de Guayaquil após receber ameaças de morte. O jogador é o quinto profissional assassinado no Equador somente em 2025, em um cenário onde o futebol tem sido alvo de pressões de cartéis de drogas e máfias de apostas ilegais.
Outras mortes registradas este ano incluem:
- Maicol Valencia e Leandro Yépez (Exapromo Costa);
- Jonathan González (ex-Independiente del Valle);
- Miguel Nazareno (promessa de 16 anos da base do Del Valle).
Passagem pelo Brasil e Homenagens
Em 2022, Mario Pineida vestiu a camisa do Fluminense, onde conquistou o título de Campeão Carioca. O clube carioca manifestou profundo pesar em suas redes sociais: “O Fluminense recebeu com profundo pesar a notícia do falecimento de Mario Pineida… manifestamos solidariedade aos familiares e amigos”.
O Barcelona de Guayaquil também homenageou o “Marito”, como era carinhosamente chamado, destacando sua garra nas duas semifinais da Libertadores que disputou pelo clube (2017 e 2021).