Analista da PCMG é detida sob suspeita de vender armamentos apreendidos na Delegacia do Barreiro, que teriam abastecido a facção TCP.

Um caso de corrupção envolvendo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) chocou Belo Horizonte. Uma servidora pública efetiva, Vanessa de Lima Figueiredo, de 44 anos, foi presa no último domingo (9), suspeita de ser o pivô de um esquema de desvio de cerca de 220 armas de fogo da 1ª Delegacia do Barreiro.
O Esquema e o Dinheiro
As armas desviadas eram armamentos que haviam sido apreendidos em diversas ocorrências. Segundo a Polícia Civil, elas foram sendo subtraídas “aos poucos ao longo dos últimos meses”. Embora a corporação afirme que se tratavam de armas de baixo calibre e algumas obsoletas, as investigações apontam que elas foram vendidas a criminosos, incluindo a facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP).
O caso veio à tona depois que a polícia flagrou um suspeito usando uma arma que deveria estar sob custódia na delegacia.
A servidora, que ingressou na PCMG em 2014 como analista e diz trabalhar como escrivã, é suspeita de ter usado o dinheiro do esquema para comprar dois carros de alto padrão e fazer procedimentos estéticos.
O que dizem a Polícia e a Defesa
A Polícia Civil, por meio da Corregedoria, informou que a investigação está em “estágio avançado”.
Já a defesa de Vanessa de Lima Figueiredo contesta a prisão. O advogado afirma que a detenção é “desproporcional” e que nada de ilegal foi encontrado nas buscas. A defesa também alega que os vídeos de segurança mostram a servidora apenas entrando e saindo com a própria bolsa, e não com os armamentos.