Câmara dos Deputados aprova regime de urgência para projeto que trata de anistia aos envolvidos em manifestações políticas

Proposta poderá ser votada nas próximas sessões do Plenário, com versões que buscam conciliar visões divergentes sobre os fatos de 8 de janeiro de 2023.

Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou, por 311 votos a favor, 163 contra e 7 abstenções, o requerimento de urgência para o Projeto de Lei 2162/23. A proposta trata da anistia a participantes de manifestações políticas ocorridas entre 30 de outubro de 2022 e a data em que o projeto, se aprovado, entrar em vigor. A aprovação do regime de urgência permite que a matéria seja votada diretamente no Plenário, sem precisar passar por comissões, e a data para a votação do projeto ainda será definida.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que um relator será nomeado para apresentar um texto que consiga o apoio da maioria da Casa. Ele destacou que há visões distintas e interesses divergentes sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023. Motta defendeu a busca por uma solução que traga pacificação, respeito às instituições e considere as condições humanitárias dos envolvidos, ressaltando que o objetivo não é “apagar o passado, mas de permitir que o presente seja reconciliado”. Paulinho da Força foi confirmado como relator do projeto.

O texto original do PL 2162/23, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e outros, propunha a anistia para “crimes com motivação política e/ou eleitoral ou a estes conexos”. No entanto, articulações de lideranças políticas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) buscam uma alternativa que evite uma anistia ampla, focando mais na redução de penas.

O debate em Plenário evidenciou a divisão entre os parlamentares. Deputados da oposição, do centro e da direita defenderam a urgência, mencionando a “correção de injustiças” e a pacificação do país. Já parlamentares da base do governo, de esquerda, criticaram a proposta, argumentando que “não existe pacificação com impunidade”. Eles avaliaram a votação como um ato de vergonha para o Parlamento e uma traição à democracia. O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), disse que os deputados estariam sendo “cúmplices de um golpe de Estado continuado”. Por outro lado, o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), questionou se o país vai “fingir que está tudo bem”, enquanto milhares de pessoas “estão condenadas a 17, 15 ou 14 anos de prisão”.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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