Polícia Federal deflagra Operação “Rejeito” e mira esquema bilionário de corrupção e crimes ambientais em Minas

Ação desmantela grupo que usava propina e fraudes para explorar ilegalmente minério de ferro em áreas de preservação; R$ 1,5 bilhão em bens são bloqueados.

Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) lançou a Operação Rejeito em uma ação coordenada com a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal para desmantelar um complexo esquema de corrupção, crimes ambientais e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. A operação, deflagrada nesta quarta-feira (17/9), cumpre um total de 101 mandados, incluindo 79 de busca e apreensão e 22 de prisão preventiva, e tem como alvo uma organização criminosa que causou prejuízos de R$ 1,5 bilhão ao Estado.

A Justiça Federal em Minas Gerais determinou o afastamento de servidores públicos, o bloqueio de R$ 1,5 bilhão em bens e a suspensão das atividades das empresas envolvidas. Entre os alvos, está um conglomerado de mais de 40 empresas, sendo a principal a holding Minerar S/A, que atua na exploração ilegal de minério de ferro.

Corrupção e licenças fraudulentas

As investigações, iniciadas em 2020, revelaram que o grupo criminoso corrompia agentes públicos de diversos órgãos federais e estaduais para obter licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações ilícitas permitiam a exploração de minério de ferro em larga escala, inclusive em áreas tombadas e próximas a unidades de preservação, o que a PF aponta como um elevado risco de desastres sociais e humanos.

A organização criminosa utilizava de fraudes documentais e tráfico de influência para neutralizar a fiscalização do Estado, chegando a monitorar autoridades e pagar propina de mais de R$ 3 milhões a agentes públicos, alguns dos quais recebiam “mesadas” para favorecer o esquema.

Quem são os alvos da operação?

Entre os alvos da ação, que tiveram a prisão preventiva decretada, estão:

  • Alan Cavalcante do Nascimento: apontado como o líder do grupo criminoso.
  • Helder Adriano de Freitas: sócio de Alan na mineradora Gutesiht, é acusado de ser o articulador com servidores públicos.
  • João Alberto Paixão Lages: também sócio de Alan na Gutesiht e considerado um dos articuladores do esquema.
  • Diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM): o texto menciona um diretor da agência, mas não especifica o nome.
  • Servidores públicos afastados: A Justiça também determinou o afastamento de Fernando Baliani da Silva (FEAM), Breno Esteves Lasmar (IEF) e Fernando Benício de Oliveira Paula (Copam).

A PF informou que 15 dos 17 alvos de prisão preventiva já foram detidos. Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes ambientais, com o agravante da usurpação de bens da União. A investigação ainda identificou que a organização criminosa possuía projetos em andamento com um potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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