Cole Palmer e João Pedro brilham e impõem 3 a 0 sobre o atual campeão europeu, que havia goleado a Inter de Milão na final da Champions.

Em uma reviravolta digna das grandes histórias do futebol, o Chelsea sagrou-se campeão do Mundial de Clubes ao superar o poderoso Paris Saint-Germain por 3 a 0 neste domingo (13), no MetLife Stadium, em Nova Jérsei, nos Estados Unidos. O resultado, que consolidou o “domínio do Chelsea”, adquire um sabor ainda mais especial pela “ironia do destino”: o PSG, que recentemente havia conquistado a Europa com uma vitória acachapante de 5 a 0 sobre a Inter de Milão na final da Champions League, viu-se impotente diante da estratégia e da eficiência dos Blues.
A final, que prometia ser um duelo equilibrado, transformou-se em um palco para a consagração da dupla Cole Palmer e João Pedro. Os jovens talentos foram os grandes responsáveis por todos os gols da partida, demonstrando uma sintonia em campo que surpreendeu para o que era apenas o segundo jogo da dupla reunida como titular. Palmer balançou as redes duas vezes, em lances semelhantes de precisão cirúrgica de perna esquerda. Em seguida, o próprio inglês serviu João Pedro com uma assistência primorosa, que o brasileiro finalizou com uma cavadinha para selar a goleada.
Desde sua chegada ao Chelsea, Cole Palmer se firmou como protagonista, mas foi com a chegada de João Pedro, contratado junto ao Brighton por 50 milhões de libras (cerca de R$ 376,1 milhões) no final de junho, que os Blues ganharam uma nova dinâmica. Longe de ser um centroavante fixo, João Pedro, com sua movimentação incansável e capacidade de buscar o jogo tanto pelo meio quanto pelas laterais, abriu espaços e permitiu que Palmer potencializasse seu poder de decisão. Uma espécie de “Roberto Firmino de Stamford Bridge”, o brasileiro teve uma primeira impressão espetacular, encaixando-se perfeitamente no modelo de jogo de Enzo Maresca.
O PSG, que chegou aos EUA com status de time imbatível na Europa e na França sob o comando de Luis Enrique, não conseguiu impor seu jogo dominante. A chave para a vitória do Chelsea foi a audaciosa estratégia de marcar a saída de bola dos Parisienses, forçando erros e encurralando o rival. Os Blues controlaram a posse de bola e as principais ações ofensivas antes mesmo do intervalo, alternando com acelerações rápidas por meio de bolas longas nas laterais. As transições ofensivas em velocidade, aliadas à notável eficiência nas finalizações, desmantelaram o gigante francês.
Na etapa final, mesmo com as tentativas do PSG de entrar no jogo e aplicar sua filosofia, o goleiro Robert Sánchez, que havia sido alvo de críticas na temporada 2024/25, fez uma partida impecável, realizando defesas cruciais que minaram qualquer chance de reação dos Parisienses e garantiram o título ao Chelsea.