Imposto sobre Casa de Apostas Diminui no Recife e Gera Polêmica

Prefeitura do Recife reduz imposto para casas de apostas online, mas a decisão divide opiniões e preocupa a população.

Casa de Apostas

Uma notícia do Recife está dando o que falar: a prefeitura, comandada por João Campos, mudou uma lei em abril que diminuiu o imposto cobrado de empresas de jogos e apostas, como as famosas “bets”. Antes, elas pagavam 5% de imposto sobre seus serviços. Agora, pagam só 2%.

A prefeitura diz que fez isso para garantir que o dinheiro desses impostos fique na cidade e para atrair mais empresas de apostas para o Recife, já que outras cidades no Brasil já cobram menos. Eles esperam arrecadar mais de R$ 60 milhões por ano com essa mudança e garantem que não é um benefício especial para as “bets”.

Mas a decisão não agradou muita gente. A população e grupos contrários à medida estão preocupados que diminuir o imposto incentive ainda mais os jogos de azar, que podem viciar as pessoas e virar um problema de saúde. O assunto é tão sério que até o Congresso Nacional está investigando a relação entre as casas de apostas e influenciadores digitais.

Nas redes sociais, a revolta é grande. Muitas pessoas ligaram a redução do imposto ao fato de que as casas de apostas patrocinam eventos da própria prefeitura. A população do Recife está “extremamente contrária” à medida, e a vê de forma “negativa”.

A mudança aconteceu em um artigo do Código Tributário do Recife, uma lei antiga da cidade. Esse artigo agora inclui as empresas de jogos e apostas na lista de serviços que pagam apenas 2% de ISS (Imposto Sobre Serviços). Antes, elas estavam na categoria geral, que pagava 5%.

O projeto de lei que fez essa mudança foi enviado pelo prefeito à Câmara de Vereadores em março, pedindo urgência na votação. João Campos justificou a redução dizendo que era para atrair essas empresas, que são muito importantes na economia do país. O projeto passou por algumas comissões da Câmara e foi aprovado.

Duas propostas de vereadores foram rejeitadas: uma que pedia que as empresas investissem em programas para ajudar viciados em jogos, e outra que exigia que parte dos funcionários dessas empresas morassem no Recife.

A aprovação final na Câmara de Vereadores aconteceu em 31 de março, bem rápido. Não foi por unanimidade: 22 vereadores votaram a favor, mas 7 votaram contra e 8 se abstiveram.

A vereadora Liana Cirne (PT), que votou contra, disse que reduzir impostos para jogos vai na contramão do que se discute hoje sobre saúde mental e vício. Ela citou dados preocupantes, como o de que 64% dos usuários de jogos usam a renda principal para apostar e 19% usam dinheiro da alimentação. Para ela, estimular os jogos por meio de impostos mais baixos é irresponsável, ainda mais quando os jogos já são o terceiro maior vício no Brasil.

Um professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, explicou que a falta de uma regra federal para esses impostos faz com que as cidades “disputem” as casas de apostas entre si.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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