A Câmara dos Deputados aprovou aumentos salariais, mas a reforma de carreiras ficou para depois. Entenda as implicações dessa decisão em Brasília.

Na última quarta-feira (21), a Câmara dos Deputados deu um passo importante: aprovou um projeto de lei que reajusta os salários de vários servidores públicos federais. Essa votação foi expressiva, com 388 votos a favor e apenas 43 contra. O projeto agora segue para aprovação no Senado.
Financeiramente, a medida terá um impacto considerável: R$ 17,9 bilhões em 2025 e R$ 8,5 bilhões em 2026. Os aumentos variam: algumas categorias terão reajustes específicos, conforme acordos já feitos, enquanto outras que não tiveram negociação ou acordo receberão 9% de aumento em 2025 e mais 9% em 2026.
Um ponto crucial dessa aprovação é que o texto foi “fatiado”. Isso significa que nem toda a reestruturação de carreiras foi aprovada agora. Por falta de acordo e pressão de diversas categorias, parte dessas mudanças ficou para um grupo de trabalho. Esse grupo terá 45 dias para discutir e propor novidades sobre progressão de carreira, novos cargos e outros reajustes. Essa decisão mostra como é complexo lidar com a organização do serviço público.
Há uma corrida contra o tempo: o projeto de lei veio de uma Medida Provisória (MP 1286/24) que perde a validade em 2 de junho. Embora os reajustes já tenham começado a ser pagos em maio, com efeito retroativo a janeiro, a aprovação final no Senado é fundamental para garantir a continuidade desses pagamentos.
Esse movimento em Brasília, que busca modernizar e valorizar o funcionalismo federal, nos faz pensar. A discussão sobre salários e organização de carreiras no governo federal pode servir de exemplo e inspirar debates em outras áreas da administração pública. Ver como essas questões são tratadas em nível nacional nos convida a refletir sobre a importância de um serviço público eficiente e valorizado em todas as esferas.