Região, que tem Patrocínio como “Capital do Café”, atinge marca de 5 milhões de selos de Denominação de Origem e crescimento de 160% na certificação.

O Dia Internacional do Café, comemorado em 14 de abril, foi palco de celebração para a Região do Cerrado Mineiro (RCM), que alcançou um marco histórico em 2024: a emissão de cinco milhões de selos de Denominação de Origem (DO) para cafés industrializados. Este número expressivo reflete a qualidade excepcional e a consistência dos grãos produzidos na região, além da crescente expansão de sua presença no mercado global, alcançando mais de 50 países.
E os avanços não param por aí. A RCM também registrou um crescimento de 160% na certificação de café verde com o selo DO em 2024, saltando de 115 mil para 300 mil sacas certificadas. Essa evolução demonstra a crescente valorização do café da Região do Cerrado Mineiro entre torrefadores e consumidores em todo o mundo.
A parceria estratégica com a illycaffè, renomada empresa italiana, desponta como um dos principais fatores impulsionadores desse sucesso. “Nossa parceria com a illycaffè, uma das maiores empresas de café na Itália, foi um divisor de águas nesse processo. Ela impulsionou a projeção internacional do café da região, ampliando o volume de selos emitidos e assegurando a chegada do produto a dezenas de países. Antes da colaboração com a renomada marca italiana, a região emitia em média 250 mil selos por ano para cafés industrializados. Em 2024, esse número atingiu impressionantes cinco milhões”, afirma o diretor-executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal.
No coração da Região do Cerrado Mineiro, encontra-se Patrocínio, cidade que se orgulha do título de “Capital do Café”. Com uma tradição cafeeira enraizada em sua história e cultura, Patrocínio desempenha um papel fundamental na produção e no reconhecimento do café da região. A cidade sedia a Festa Nacional do Café, evento que celebra a importância do grão para a economia e a identidade local.
A Denominação de Origem (DO) é um reconhecimento que atesta a singularidade do café produzido em 55 municípios que compõem a RCM. Com uma área cultivada de cerca de 250 mil hectares, a região produz, em média, seis milhões de sacas de 60 kg/ano, o que representa 25,4% da produção de Minas e 12,7% da produção nacional. O selo DO garante que o café atenda a padrões rigorosos de qualidade e que é produzido em condições únicas de terroir, envolvendo altitude, clima e solo característicos da região. Essa distinção tem sido fundamental para conquistar mercados exigentes e fortalecer a marca Cerrado Mineiro no cenário global.
O sucesso da RCM é fruto de uma combinação de fatores, incluindo o investimento em inovação tecnológica, a gestão profissionalizada e o compromisso com a sustentabilidade. “Os produtores têm adotado práticas de manejo responsável, garantindo não apenas a qualidade do produto final, mas também a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico da região”, ressalta o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Gláucio de Castro.
A projeção do café do Cerrado Mineiro em mais de 50 países reflete a consolidação de sua reputação de excelência. O aumento exponencial no volume de cafés certificados com o selo DO demonstra que o mercado reconhece a região como uma das principais fornecedoras de cafés de alta qualidade no mundo.