Pontífice enfrenta pneumonia dupla e segue internado desde 14 de fevereiro em Roma

O Papa Francisco, de 88 anos, permanece internado no Hospital Gemelli, em Roma, em estado crítico, mas sem novos episódios de crise respiratória. A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pelo Vaticano, que atualizou o estado de saúde do pontífice, destacando que seu quadro ainda é considerado complexo.
Segundo o boletim da Santa Sé, Francisco conseguiu retomar parcialmente suas atividades e realizou reuniões por telefone e presencialmente no hospital. Na segunda-feira (24), ele conversou com o pároco de Gaza, reforçando seu acompanhamento da guerra entre Israel e Hamas, e se reuniu com membros da Igreja para tratar da beatificação e canonização de candidatos.
O Vaticano informou ainda que o Papa passou por uma tomografia de controle para monitorar a pneumonia bilateral, doença que acomete ambos os pulmões e pode ser causada por múltiplos agentes infecciosos. Apesar da gravidade da infecção, os médicos indicaram que os parâmetros de oxigenação e circulação sanguínea permanecem estáveis.
O agravamento do quadro do Papa Francisco no último sábado (22) acendeu um alerta na comunidade católica. Ele sofreu uma crise asmática prolongada e precisou de terapia de oxigênio de alto fluxo, além de transfusão de sangue. Embora o Vaticano tenha informado uma leve melhora, especialistas ressaltam que a condição pulmonar do Papa é delicada, pois ele já teve parte de um pulmão removido devido a uma pleurisia na juventude.
Internado desde o dia 14 de fevereiro com um quadro inicial de bronquite, Francisco viu sua infecção evoluir para pneumonia dupla, o que exigiu atenção redobrada da equipe médica. Além dos problemas respiratórios, foi detectada uma leve insuficiência renal, que, segundo o Vaticano, não apresenta risco imediato.
A condição de saúde do Papa reacende discussões sobre o futuro da liderança da Igreja Católica. Aos 88 anos, Francisco já havia demonstrado sinais de fragilidade nos últimos anos, cancelando compromissos por questões médicas e, em algumas ocasiões, necessitando de cadeira de rodas. Apesar disso, o pontífice continua atuando ativamente, sendo um dos papas mais engajados em pautas sociais e diplomáticas da história recente.
Diante desse cenário, cresce a expectativa sobre a possibilidade de uma futura renúncia, seguindo os passos de seu antecessor, Bento XVI, que deixou o cargo em 2013 por questões de saúde. No entanto, Francisco já afirmou em diversas ocasiões que prefere manter-se no cargo enquanto for possível.
O agravamento da saúde do Papa pode ter impactos diretos sobre a Igreja Católica e suas decisões. A reunião realizada no hospital para discutir processos de beatificação e canonização indica que Francisco continua atuando em questões estratégicas, mas é incerto por quanto tempo conseguirá manter essa rotina.
Fiéis de todo o mundo acompanham com preocupação as atualizações sobre o estado de saúde do pontífice. Enquanto isso, o Vaticano reforça que a equipe médica segue monitorando o quadro com atenção, buscando garantir a melhor recuperação possível para o Papa.