STJD responsabiliza técnico do CAP e cinco envolvidos por manipulação na Série D de 2024

Publicado em 3 de janeiro de 2025

Relatório aponta irregularidades em partida do CAP; caso segue para julgamento desportivo.

Cap

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concluiu o inquérito que investigava a manipulação de resultados na Série D do Campeonato Brasileiro de 2024, responsabilizando seis pessoas por envolvimento em esquemas ilícitos. A partida investigada foi entre Clube Atlético Patrocinense (CAP) e Inter de Limeira, disputada em 1º de junho de 2024, e levantou suspeitas devido a movimentações incomuns no mercado de apostas esportivas.

Entre os nomes citados estão o técnico Estevam Soares, ex-treinador do Palmeiras e técnico do Patrocinense, e mais cinco envolvidos: os jogadores Richard Sant Clair Silva e Felipe Gama Chaves, o auxiliar técnico Rodolfo Santos Abreu, o dirigente Anderson Ibrahin Rocha, e o investidor Marcos Vinícius da Conceição.

De acordo com o relatório, as ações de Estevam Soares, Richard Bala, Felipe Gama e Rodolfo Abreu infringiram o artigo 242 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que pune atos deliberados contra os interesses da equipe representada. Já Anderson Rocha e Marcos Vinícius foram enquadrados no artigo 243, referente à oferta ou promessa de vantagem indevida para influenciar resultados esportivos. As penalidades variam entre multas de R$ 100 mil e suspensões de até 360 dias.

O inquérito revelou ainda que Estevam Soares tinha conhecimento do esquema, e mensagens obtidas indicaram que o auxiliar Dodô ameaçou atletas para garantir o cumprimento do plano. Após a conclusão das investigações, o caso foi encaminhado à Procuradoria de Justiça Desportiva, que decidirá sobre os julgamentos e sanções cabíveis.

O Clube Atlético Patrocinense, por sua vez, foi isentado de qualquer envolvimento. Em nota, o CAP afirmou que, ao perceber irregularidades durante a Série D, comunicou imediatamente os fatos à Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A diretoria atribuiu a presença de alguns envolvidos no elenco a uma parceria firmada no início da competição com a empresa Agency Air Golden, representada por Anderson Rocha, que geria o futebol do clube.

O caso segue como mais um capítulo na batalha contra a manipulação de resultados no futebol brasileiro, colocando em evidência os riscos que o mercado de apostas esportivas traz para a integridade do esporte.

Publicado por Arthur Silva

Colaborador do Patrocínio Fácil, onde contribui com a publicação de notícias, oportunidades de emprego e informações empresariais. Apaixonado por futebol, busca alinhar essa paixão com seu desenvolvimento profissional na área esportiva.

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